Desde de noite passada eu estou tentando pensar em como começar esse texto, até porque, não é como qualquer outro. Hoje quando caminhava indo para escola continuei pensando em quais palavras usar, o que dizer e o que tentar pressentir com esse tanto de palavras juntas. Só que não, nada veio em mente. Talvez seja porque, agora, sentada e escrevendo, parece que eu te conheço a dezenas de anos para saber o que eu realmente acho que sei sobre você. Mas não, um ano e alguma coisa é o bastante pra eu ter um carinho mais do que especial por você, Laura Kfoury.
Por muito tempo acreditei piamente que amiga mesmo é aquela que te conhece mais do que 10 anos. Mas depois que eu te conheci muita coisa mudou. É tão estranho pensar que minha ”birra” ao te ver foi levada tão sério por mais de duas semanas. Mas passou, passou da mesma forma que passaram todos os seus conceitos sobre bandas independentes.
Juro que ainda me perco pensando como e quando a gente começou a trocar ideia seguidos e pensamentos do tipo ”que pessoa estranha”. Aquele papo de primeira impressão é papo de revoltado. Somos provas vivas… mas, metamorfoseadas, por que não tem como esconder que ainda te acho pra lá de estranha. 🙂
Mas agora, dia 15, você virando gente e empregando a lei do mais velho (odeeeeio isso), é tão empolgante pensar que eu ainda acho que você mudou depois que conheceu minhas ideias de dominação mundial seguida de paz de espírito. Laura, diga, desde quando, alguém na sua vida te apresentaria TM, LH, Móveis, Graveola, Little Joy, Mombojo, e outras dezenas de bandas que circulam pelo meu campo de memória perdida? An an an? Quando?
Então é por isso que eu to aqui, pra dançar no meio da rua quando voltamos pra casa, pra dividir o que a gente pensa, chorar de tanto rir, rir de tanto chorar, ou apensa rir por rir, consolar, falar mal das pessoas insuportáveis, da vidinha de estudante de merda do Colégio Pitágoras, dos seus planos do futuro, das minhas filosofias (que finalmente estão saindo do papel), pra ser minha ”irmã” quando as pessoas perguntarem, para ir na Saraíva para ver nossos ”amigos” inteligentes e que usam palavras desconhecidas, pra ser irmã do meu ”amor” (hahaha), pra ter conflitos que duram no máximo 10 segundos quando trata-se de inglês. E acima de tudo, estar do seu lado qualquer momento.
Que você seja mais feliz do que já é, por que além do mais, felicidade escancarada não da ruga nem mata. Saúde também é importante… o resto vem com o vento do que você fez.
Queria de dar algum conselho que rendesse alguma coisa, mas eu não sei dar conselhos, porque não possuem outra base confiável além da minha própria experiência. Mas quer saber, agora com 15 anos, viva intensamente sem esquecer que a vida é um eterno agora. E que nada mais eterno é a lembrança, lembrança das pessoas que precisaram dar a volta em torna do próprio eixo pra perceber que o simples é bom. E por fim, a gente não encontra o amor, nasce com ele entende? Nascemos amando. Amor é como vento. E o vento ta sempre aí.
Então vamos, que minha amizade também é vento. Ta sempre ai. Você com 15,16, 17, 18 anos.. e até sermos velinhas caquéticas.
Anna.